Tecnologia permite maior agilidade na detecção de ilícitos nas compras públicas
O Tribunal de Contas da União (TCU) ganhou uma importante aliada na fiscalização das compras públicas para o enfrentamento da pandemia do coronavírus: a Inteligência Artificial. O uso dessa tecnologia tem trazido maior agilidade na detecção de eventuais ilícitos e irregularidades ocorridos durante os procedimentos de contratação, possibilitando que os auditores do Tribunal sejam rapidamente alertados sobre tais fatos.
Para tanto, a Inteligência Artificial tem auxiliado no acompanhamento das contratações por meio de 3 frentes:
- Checagem automática diária, que é realizada por robô no Diário Oficial da União (DOU) para verificar dispensas e inexigibilidades relacionadas à Covid-19;
- Estudo de caso dos fornecedores, realizado pela Secretaria de Gestão de Informação para o Controle Externo (SGI). O resultado é um painel de risco sobre os fornecedores baseado em 12 critérios: um deles, por exemplo, é a empresa ter um político como sócio, fator que pode gerar riscos de favorecimento;
- Envio de alertas específicos, o qual possibilita que os auditores selecionem temas de interesse para o recebimento de alertas.
Segundo o TCU, a partir do cruzamento dos dados fornecidos diariamente pelos robôs e da atuação das secretarias do TCU nos estados, foram autuados 22 processos de representação e denúncias, que superam R$220 milhões. É importante frisar que, para aprofundar as investigações sobre certas contratações, os auditores também poderão solicitar informações complementares aos órgãos públicos.
Nós da Redação IBEGESP recomendamos que você fique atento a essas novidades e boas práticas, que certamente poderão ser utilizadas num futuro próximo pelos demais âmbitos da Administração Pública!
Fonte: Redação IBEGESP